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Passeio pela linda Istambul 2011

  • Foto do escritor: Marta Gaino
    Marta Gaino
  • 25 de ago. de 2011
  • 4 min de leitura

Atualizado: 17 de mai. de 2020

Continuamos a conhecer a cidade de ônibus junto com o grupo.

Hoje fomos ao palácio que foi construído no século 17, segundo nosso guia, quando o império Otomano já estava perdendo a força e parte do território para os vizinhos.


Com esse cenário o sultão se mudou para um palácio menor de apenas uns 280 quartos, com arquitetura e decoração mais ocidental para que fosse reconhecido como um estadista modernista visando facilitar as relações internacionais. Nesse palácio tem o maior lustre o mundo, presente da rainha Vitória, com peso estimado de 4 toneladas... E é bem bonito mesmo... Mas não pudemos fotografar porque a segurança é muito rígida. Tive de desligar a máquina fotográfica e coloca-la nas costas!


Depois fomos conhecer o lado asiático de Istambul, a velha Antioquia ou Angorá - Istambul é a única cidade no fundo que fica em dois continentes, metade na Europa e metade na Ásia. Esse lado é mais residencial, tradicional, com casas de famílias ricas. Paramos para um lanche num restaurante que tem um mirante com vista para o lado europeu, e conforme uma das viajantes do grupo:


- Aqui, sentada na Ásia, com essa vista deslumbrante do Bósforo e olhando a Europa, dá para esquecer que um dia eu fui pobre...

É claro que essa sensação durou uns vinte minutos apenas, mas valeu a pena...


Voltamos para o hotel com a tarde livre e resolvemos almoçar com outros dois casais amigos de Salvador, paramos num restaurante simpático numa rua bem comercial de muito movimento. Para facilitar o pedido resolvemos pedir um prato tipo “mistão” que vinha com frango, carne, legumes e alguns pedaços de pizza. O que entendemos que o garçom disse era que atendia a 6 pessoas e no cardápio estava com o preço de 21 libras turcas.


Quando o prato chegou tivemos uma crise de riso, quer dizer eu tive porque cheguei a chorar de tanto rir. O prato era preparado numa grande bandeja com um balde no meio que tinha um fogareiro aceso. As labaredas chegavam a uns 30 cm de altura e quase pegavam no rosto e cabelo de Benedito que por azar estava sentado no meio da mesa... Rosa, sua esposa, tentava comer, mas a bandeja era tão grande que quase não sobrava espaço para seu prato, e cada vez que alguém falava alguma coisa sobre a escolha ou sobre o fogaréu minha crise de riso começava novamente, até agora quando escrevo e me lembro da cara de Benê perto do fogo começo a rir de novo. Quando a conta chegou surpresa de 21 TL por pessoa, apesar de não ser isso o que estava escrito no cardápio, mas quem é que vai contestar em turco? Depois passeamos pela rua em busca de boas compras, sem achar muita coisa. De novo o pobre Benedito precisava comprar roupas porque sua mala foi a única do grupo que não chegou de Portugal, foi direto para Roma e se desencontrou dele.


A noite fomos assistir ao grande Kervansaray night show para turistas com dança do ventre e dançarinos cossacos, mas a grande atração foi um showmam que cumprimentava o público em sua língua natal, e claro, sabia uma música de cada país. No nosso caso era Garota de Ipanema. Mas como brasileiro é safo, acabamos cantando as músicas de vários países como Itália, México, EUA... em espanhol, inglês, italiano, castelhano, e quando não fazíamos a menor ideia de que língua era, era só fazer um la..ia..lá; acompanhando o ritmo para ajudar e fazer volume na cantoria do povo... mas como tem gente sem graça no mundo!... Já imaginou meia dúzia de japonês cantando, uns três ingleses, um canadense? Depois do Brasil, o povo mais animado era o italiano, claro, depois os alemães para minha surpresa, e de cair o queixo, a mesa de iranianos que estavam ao nosso lado que cantaram e seguraram o ritmo direitinho... Acho que nunca estive tão perto de tantos iranianos em minha vida... Gostei da galera...


Segundo nosso guia Joaquim, a imagem que os brasileiros tem dos turcos não é a real. Para nós todos os comerciantes são turcos, mas são na verdade árabes. Ele faz questão de diferenciar as nacionalidades, pois para nós, turcos, árabes, sírios e libaneses são tudo a mesma coisa. É a mesma coisa de americano que confunde brasileiro com boliviano e argentino. Eles ficam ofendidos, com razão!


Fomos a dois grandes centros de compras populares o Grand Bazaar e o Mercado de Especiarias, ambos vendendo alimentos especialmente doces e especiarias, jóias bijuterias, bolsas, casacos de couro, tapetes, lustres MARAVILHOSOS, copos, pratos, jarros e tudo o que você puder imaginar de coisas especiais dessa terra...


A negociação foi meio estressante para mim, apesar de que Otávio entendeu melhor o processo... Em alguns casos você pergunta o preço e o valor é tão absurdo que você vai embora, daí o vendedor sai atrás de você abaixando o preço e o que era 50 TL pode sair por 5 TL, aí você fecha o negócio, mas fica com a impressão que poderia ter chegado até a 1 TL que ainda assim levaria o produto... ou pior ainda, é quando você pergunta o preço e o vendedor pergunta quanto você quer pagar. Como assim? Nós não temos a menor noção de quanto vale a coisa... e se eu oferecer 10 TL e valer 1 TL? Se o cara aceitar de primeira você dançou, porque com certeza valia bem menos e ai não tem mais volta... É difícil... É diferente de pechinchar. Pechinchar é quando você sabe o quanto vale e negocia para baixar o preço até você entender que está justo...Negociar no Grande Bazaar é como um jogo de azar: você nunca ganha! Mesmo quando você pensa que fez um bom negócio, a banca sempre ganha... Mas, é divertido prá caramba e vale a pena porque cada vasinho ou pratinho decorado vale qualquer preço que se pague... 1, 10 ou 100 TL, o que importa é o mino que você vai levar para casa.


Obs: TL=Lira Turca

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