Conhecendo Santiago
- Marta Gaino
- 29 de abr.
- 3 min de leitura
Passeando por Santiago
Dispensamos o guia e fomos de metro, andamos por todo o centro a pé, que é o melhor jeito que temos para conhecer a cidade. Como a maioria das cidades construídas no período da colonização espanhola, um grande quadrado era demarcado no ponto central onde eram construído uma praça gigantesca, rodeada dos principais edifícios do governo, na intenção de que se houvesse algum ataque, todo o perímetro estaria fortificado e protegido, geralmente também era incluído uma catedral religiosa. Então começamos por aí, no centro do centro.
Plaza de Armas
A praça é o coração da cidade, o Marco Zero, que foi fundada em 1541. Toda cerada por edifícios governamentais estão lado a lado a Catedral, o prédio do Correio Central, o Palácio de la Real Audiencia, Museu da História Nacional, e La Moneda, onde o governo federal fica instalado. No centro da praça existem grandes arvores, e nas ruas próximas diversas galerias que vendem de tudo, principalmente artesanato. Nos finais de semana acontecem exposições musicais e de artistas locais, não tivemos a sorte de estar aqui num FDS, então vamos ter de programar outra viagem para viver essa experiência. Acho até bom que essas coisas aconteçam, por que assim sempre é possível fazer outra viagem com mais atenção aos detalhes da cidade.
A Catedral Metropolitana atual não é a original, pois ao longo dos séculos foi destruída várias vezes por causa dos terremos, a que está em pé hoje é o quinto prédio, então ao longo do tempo as características foram sendo atualizadas até a arquitetura art decô que vemos hoje, muito bonita, por dentro e por fora.
O prédio dos Correios era a residência do fundador da cidade o espanhol Pedro de Valdivia, que serviu de residência para os presidentes até a mudança para a La Moneda, que antes era a casa da moeda. O museu Histórico Nacional, a época da fundação era uma prisão, e muitos outros prédios foram mudando de função ao longo dos séculos, mas sempre mantendo as características de funcionar para a administração pública, mas principalmente como centro político-social da cidade.
Na praça estão a estátua Ecuestre de Pedro de Valdivia, o Monumento a la Libertad de América que fica dentro da fonte, o Monumento a los Pueblos Originarios em homenagem aos povos indígenas originários das américas, e a Cápsula del Tiempo por el Bicentenario de Chile que foi fechada em 2010 e só deve ser aberta em 2110.
Enfim é uma praça viva, não apenas pelos marcos históricos, mas porque o povo está por toda ela, andando, trabalhando, passeando e simplesmente vivendo suas vidas, e nós turistas somos convidados a estar ali com eles.
É a sede do governo nacional, onde assistimos a troca de guarda, em frente aos portões principais, e como todo turista que se prese fomos lá fazer uma fotinho ao lado do guarda, coisa mais sem graça, enfim... continuamos turistando pelas praças.
Nesse palácio aconteceram vários episódios importantes da vida política do Chile, desde antes da independência onde já funcionava como casa da moeda; no golpe de 1973 quando Salvador Allende foi deposto e morto no golpe de estado; durante a ditadura com Augusto Pinochet, e depois de volta à democracia até hoje, o prédio histórico sobreviveu a bombardeios aéreos e terremotos e é um dos poucos edifícios da época colonial ainda de pé na cidade. Atualmente os presidentes usam os portões principais apenas quando entram no começo do mandado e quando saem ao final.
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