Começamos por Porto
- Marta Gaino

- 16 de jun. de 2013
- 6 min de leitura
Finalmente conseguimos resolver os problemas de conexão dos computadores e GPS... Temos um mundo de coisas para contar com mil fotografias, mas por enquanto vão ficando com os resumos porque subir as fotos leva uma eternidade e nós temos que sair para comer e tomar vinho... Oh vida difícil essa!
Relatos do Porto
Saímos de Salvador, às 17:30h e chegamos em Lisboa, às 07:00h da manhã, num voo cansativo e poltronas apertadas. Helder e Otávio arrumaram um "amigo" patrício no voo que não deu trégua na conversa... Desembarcamos e começou a corrida pelos corredores infindáveis do aeroporto de Lisboa, chegamos na alfândega e ficamos presos 1:30h numa fila caracol onde todos os passageiros com passaportes de língua portuguesa tinham de passar para poder entrar, mas na fila acabou que estavam todos os passageiros misturados com o resto do mundo - Portugal porta da Europa; quando finalmente fomos liberados, tomamos um café rápido e fomos aguardar o voo para Porto, que saiu atrasado, mas em compensação era um avião mais confortável, e deu para relaxar um pouquinho. Brasileiros por todos os lados.
Chegamos a Porto e pegamos o metro até perto do hotel, daí seguimos uns três quarteirões pelo centro arrastando nossas malas pelo meio do comércio desviando do povo. Estava frio de manhã na chegada em Porto, mas durante a tarde o sol saiu e esquentou um pouquinho.
Fomos almoçar num restaurante recomendado, que tinha um garçom gaiato, pena que o bacalhau estava salgado, mas compensamos no vinho; depois do almoço decidimos dormir porque estávamos meio vidrados de sono e cansados. Aproveitei para mergulhar na banheira e quase dormi por lá mesmo. Nosso banheiro merece um comentário à parte: ao invés de fazerem um lugar confortável para o vaso preferiram colocar também um bidê e o vaso ficou quase embaixo da pia. Já no quarto de Helder e Sabrina, o banheiro era uma big suíte...
Depois de restabelecidos, saíamos para jantar procurando um outro restaurante indicado, meio longe de onde estávamos. Andamos um bocado e quando encontramos percebemos que era chique, caro e gourmet, isto é, traduzindo: come-se pouco e paga-se muito. Resolvemos entrar num outro próximo que ficava na esquina e foi uma grata surpresa!
Comemos no Restaurante Traça, delicioso, pedimos camarões empanados, carpaccio de veado, frigideira de bacalhau e creme de queijo filadélfia com frutas vermelhas de sobremesa. Os camarões vieram enrolados numa massa bem fina e crocante, o carpaccio super fino e de sabor bem leve, o bacalhau divino que deu 10 a zero no outro do almoço:
Receita: Lascas de bacalhau cozido, pimentões verdes e vermelhos, cebola e abobrinha picadas, tudo refogado numa frigideira funda, servido a mesa com dois ovos estrelados sobre a mistura.
Ao chegar à mesa, a garçonete picou os ovos e acabou de misturar tudo, ficou maravilhoso! Alias a garçonete era um amor e louca pela Ivete Sangalo, super atenciosa, falou sobre a comida, sobre o vinho e alegrou o jantar, saíamos de lá quase 23:30h para subir a ladeira de volta até o hotel, com o vento frio da noite batendo no rosto.
Esqueci-me de dizer, Porto é feito de ladeiras e nos lembra demais a nossa Salvador, só que os casarios são super bem cuidados... A noite fomos descobrir que as tomadas não conversavam com os equipamentos, só tinha uma no quarto e nenhum dos nossos adaptadores se encaixavam.
Passeio de trem e de barco pelo rio d´Ouro
Descemos até a Estação São Bento, linda com azulejos seculares, iniciamos o passeio de trem de mais ou menos 1:30h de duração até a cidade de Régua para pegar o barco descendo o rio d´Ouro, durante 06 horas, bonito mas cansativo, chegou uma hora que já estávamos enjoados de ficar parados vendo o rio. Passamos por duas eclusas, almoçamos e pronto.
Chegamos novamente a Porto às 18:00h no lado de Vila Nova Gaia, entramos no teleférico e lá no alto atravessamos a ponte para voltar a Porto. Seguimos ladeira a cima, tomamos um café na “padeiraria” e voltamos para o hotel para pensar o que fazer no dia seguinte e descansar. Fomos tomar um lanche a noite no Café Java, no sub solo, onde pudemos conversar e planejar o dia, com acesso ótimo a internet por que no hotel é 5 euros/24h. Cardápio Caldo Verde e vinho...
Continuamos sem ter onde conectar os equipamentos. No quarto só tem uma tomada, para dois telefones, dois computadores, duas máquinas fotográficas e uma filmadora e um GPS.
Passeio a Braga
Resolvemos comprar um chip para acesso a internet e depois fomos pegar o carro alugado. Saímos de Porto para Braga às 12:00h, passamos por Guimarães onde vimos a torre e castelo medieval.
Em Braga almoçamos arroz malandrinho com filé de pescada e bacalhau à Braga, com batatas, brócolis e broa, um tipo de pão português, foi um ótimo almoço, isso lá pelas 16:00h. Depois do almoço seguimos para o santuário de Bom Jesus dos Montes. Outro lugar muito interessante para se ver, me lembro os jardins Ba Hai em Haifa, Israel, sem os jardins, porque a estrutura é uma escadaria com fontes, mas tudo bem, vocês entenderam o que eu quis dizer, kkk
Depois fomos jantar na casa de Andreia amiga de Anete- nossa amiga de Salvador. Pessoal super legal, Andreia, Antonio e a filha Leticia, conversamos muito sobre Brasil, Bahia e Portugal, comemos, bebemos e fomos embora depois da meia noite. Aliás ótima noite!
Porto Tour
Pegamos o ônibus cedo para fazer o tour por Porto e Gaia, na intenção de almoçar e seguir para Coimbra, mas.... são 3 empresas com duas linhas cada. Escolhemos a empresa vermelha, linha azul. O motorista nos disse que aquele ônibus não faria a parte de Gaia porque a pista para o outro lado do rio estava interditada e em obras, mas que outro ônibus passaria, não entendemos mas tudo bem, fomos. Tudo lindo, maravilhoso, cheio de monumentos e casarios, até que chegamos num ponto onde o motorista disse para descermos para pegarmos outro ônibus da mesma linha!!!!!
Ficamos na praça por 40 minutos aguardando o próximo ônibus, quando entramos o motorista disse que o túnel estava em obras mas que ele iria pela ponte. Perguntamos porque o outro não foi e ele não soube dizer. Sentamos e colocamos nossos fones de ouvido e a tradutora disse que lá naquela praça tinha vá coisas para serem visitadas, inclusive a livraria Lello, "a maior do mundo" (sic), e nós ficamos à toa lá na praça sem fazer nada #@$%.
Bem, atravessamos a ponte para o lado de Gaia, depois de rodar por toda a cidade, visitamos uma cave, de vinho é claro! Voltamos e atravessamos a ponte a pé e fomos almoçar na Ribeira, passamos pela feirinha de artesanato, etc e tal.
Como tínhamos que procurar um carregador para fazer o GPS funcionar resolvemos voltar pela ponte até Gaia e pegar o ônibus novamente para descer perto da big loja El corte inglês. Fomos para o ponto e aguardamos quase uma hora para que o ônibus chegasse de novo. Os ônibus das outras duas empresas passavam a cada 15 minutos, só nosso não vinha, quando finalmente apareceu a desculpa foi a mesma da manhã, perguntamos porque os outros passavam e o motorista com aquela cara de “ora pois” não disse nada. Enfim, subimos até a loja maravilhosa, iluminei meus olhos com tuuuuudo que anotei que vou ver com calma em Lisboa, compramos o carregador e saímos, pegamos o metro e voltamos a Porto.
Chegando lá, enquanto os rapazes foram pegar o carro e as malas, eu e Sabrina resolvemos voltar lá naquela praça da manhã para ver a tal da maior livraria do mundo.
Descemos a rua das Flores, viramos a esquerda e subimos “a maior e mais íngreme” ladeira que já vi na vida!. Lá em cima viramos a direita e subimos a 2ª “maior e mais íngreme” ladeira de todas e eu quase infartei! Chegamos a um ponto que não sabíamos se estávamos perdidas ou mortas, kkk.
Resolvemos pegar uma outra ladeira à esquerda, só por ser menor, e ver onde ia dar, até que graças ao bom Deus avistamos a praça. Lá no alto, fomos perguntando até encontrar a grande livraria. Quando estávamos chegando, Sabrina avistou Otávio (ela viu, porque eu não estava mais nem vendo, nem ouvindo, nem falando, muito menos respirando naquele momento). Oh! grande surpresa, como foi que ele chegou aqui antes de nós? - Ah! Ele deve ter pego o carro e já chegou... Não! Ele simplesmente veio pelo caminho mais curto, sem ladeiras, para pegar as chaves que estavam na bolsa de Sabrina...kkk, ele já estava uns 20 minutos esperando a gente. Pegou a chave e voltou para buscar o carro enquanto nós duas entramos avidas para conhecer a livraria.
Como assim “a maior livraria do mundo”???...
- Pode ser a melhor? Não;
- A mais completa? Não;
- A mais bonita? Não;
- A mais antiga? Não;
- A mais decorada? Não...
- Talvez a primeira que tenha sido construída para ser livraria? Talvez...
Enfim, entramos no carro e seguimos para Coimbra. Eu pessoalmente injuriada com o conto da livraria portuguesa!
Ainda procuro saber o porquê de tanto interesse no local!
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