Yo estoy en Chile
- Marta Gaino
- 24 de set. de 2010
- 4 min de leitura
Atualizado: 19 de jun. de 2020
Estou no Chile!
Decolamos de Salvador dia 24/09 às 15:00h com chegada prevista em São Paulo às 17:30h. Em casa o tempo estava com uma média de 28°C, voamos em 38.000 pés a 880km/h, uma viagem tranquila e confortável.
Chegamos a Guarulhos no horário e o avião para Buenos Aires/Santiago estava previsto para sair às 20:00h, com chegada prevista para 00:30h no Chile. A temperatura em SP estava 18ºC quando chegamos, excelente tempo para tomarmos uma sopinha no aeroporto e começar a colocar a primeira camada de agasalhos... mas é claro que o voo atrasou! Um grupo de 10 pessoas fez check-in, mas se perderam pelo aeroporto e só quando ameaçaram retirar as malas do avião foi que o povo apareceu. Uma hora depois!
Saímos depois das 21:00h. Como era o início de um voo internacional tem uma tal de uma regra que é preciso desinfetar a aeronave, a comissária avisou que ia passar um spray, que era inofensivo, mas esqueceu de dizer que os alérgicos que se prevenissem com o cheiro. Éter puro, eu acho... Comecei a espirrar na mesma hora, e não parei até chegar no hotel, mutchas horas depois!
Tão perto, tão longe!
De SP a BSA foram mais 2,5 horas de relógio... Chegamos às 23:00h, horário de BrasÃília e BSA, levamos mais uma horas parados no pátio e decolamos rumo ao Chile às 24:00h, exatamente na hora em que eu pensei que já estaria chegando lá. Não entendi direito essa parte e para falar verdade nem me interessa mais. A temperatura estava em 15°C. A viagem foi muito desconfortável para mim.
Durante todo o voo de SP a Santiago, além de estar espirrando feito uma maluca, não estava me sentindo muito bem, como se tivesse comido alguma coisa que não tivesse caído bem. Estava meio indisposta desde manhã, meio adoentada. Não era o stress da viagem, ao contrário, era como se o corpo estivesse ressentido pela falta do stress diário. Pensei que talvez fosse o modo dele me sinalizar que realmente era hora de desacelerar, recuperar as forças e energias, aproveitar meu tempo comigo mesma e com minha família. Viver o Eu que existe dentro de mim!
Há não sei quantos pés de altura, com um céu claro e de lua cheia pude ver os picos nevados da Cordilheira dos Andes. Lindo! Infelizmente não tirei foto porque durante os 15 minutos de sua travessia eu estava espirrando sem parar e não dava nem para pegar a máquina e tentar registrar esse evento maravilhoso enquanto Otávio dormia exausto da viagem. As fotos ficaram para a volta durante o dia.
Bom, o meu Eu estava com muito frio quando chegou a Santiago e encarou os 8°C que estava fazendo, em plena madrugada às 02:45h (1:45h horário local).
Enfim chegamos no hotel, após passar por toda a burocracia de entrada no país, deitei e dormi acabada...
25/09 - Dia de conhecer a cidade.
Logo cedo começamos o city tour, debaixo de uma neblina que não deva para ver muita coisa, nem a cordilheira que toma conta da cidade. Todo o comércio estava fechado e ficamos rodando pela cidade vendo os principais prédios da administração também fechados, não faço ideia de qual era a temperatura mas devia estar perto dos 10°C.
O clima estava muito seco, um vento gelado no rosto, a cidade cheia de turistas entrando e saindo dos ônibus de passeio, muito policiamento nos locais da administração central.
Achei a cidade parecida com BSA, mas mais moderna. Estão construindo um edifício de 80 andares que é o assunto principal aqui, depois do terremoto e dos mineiros é claro. Aliás, só vi duas igrejas que foram afetadas pelo terremoto, ou já derrubaram tudo o que foi prejudicado ou o guia não passou onde teve estrago.
A semana passada, 18/09, foi o dia de comemoração do Bicentenário da Independência do Chile e a cidade está toda enfeitada com bandeiras nacionais, ficou muito bonito, nos carros, janelas e no alto dos prédios, bandeiras de todos os tamanhos demonstrando o orgulho do povo chileno. O que deu para perceber foi que a quantidade de universidades é inversamente proporcional a de igrejas. Igrejas, só vi duas durante todo o dia, escolas, faculdades e universidade eu perdi a conta. Muitos parques e praças também, floridas e bem cuidadas. De novo cabe o comentário, foi o caminho que o guia mostrou.
Paramos na catedral de Nossa Senhora del Carmem, padroeira do Chile, e ainda deu para pegar um pedacinho da missa rezada pelo arcebispo, muito bonita e antiga, como todas as igrejas da época da ocupação espanhola (e portuguesa no Brasil). A respeito disso me veio um pensamento/sentimento de que nós brasileiros estamos deslocados na América Latina, nosso espírito não combina com o espírito de nossos vizinhos, lembrei-me que pensei a mesma coisa lá em Buenos Aires.
No fim do passeio ficamos num shopping para almoçar e planejar o resto do dia, mas novamente eu não estava me sentindo bem e acabamos voltando para o hotel. Tomei o remédio e acabei dormindo a tarde toda. Agora já é noite e Otávio também está cansado para sair, sem falar no frio que já desceu de novo. Não vi, mas parece que fez um solzinho enquanto eu estava dormindo à tarde.
Amanhã a programação será passear no vale nevado, N.E.V.A.D.O. preciso explicar mais alguma coisa?
Quando chegar em casa eu coloco as fotos, porque esqueci de trazer o cabo da máquina para passar para o computador...
Diretamente do pé da Cordilheira dos Andes, com os pés congelando de frio...
Adios amigos,
PS.: por causa do bicentenário da independência os shoppings estão em liquidação, mas segundo Otávio, “paisagem do shopping é tudo a mesma coisa!
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