Caixa vermelha
- Marta Gaino

- 15 de abr. de 2009
- 1 min de leitura
Estava aqui pensando em como meu coração tomou conta de minha vida nos últimos tempos.
Não sei por que, mas tive a sensação hoje de que eu me permito ser guiada por ele simplesmente por que gosto de ser assim. Poderia ao contrário aprisioná-lo no peito, deixando suas preces e pedidos guardados no balaio de emoções, como algumas pessoas que conheço, mas quem seria eu então…
Posso ser como o gelo – fria e calculista, projetando ou criando alguma coisa específica na qual eu tenha me dedicado mentalmente e só sossegar quando acabar o que estiver fazendo, ou…
Posso ser como um vulcão – quente, avassaladora, explodindo numa erupção de desejo e paixão pelo que se torna meu objeto de conquista, seja o que for que eu queira, vou atrás, ou…
Posso ser como uma pedra de carvão mineral – pura e compacta, combustão e energia a ponto de ser incinerada e transformada em vida e calor, ou…
Posso ser como um diamante – dura, bela e transparente pela simples re-arrumação de meus átomos e moléculas, rara e preciosa, difícil de se achar quando resolvo me esconder em busca de proteção.
Como um iceberg que só mostra uma pequena parte de si, que é feito de água doce dentro da imensidão do mar salgado que o cerca mas não o vence.
Sigo navegando tentando descobrir quem sou afinal, até encontrar um lugar para guardar meu coração.
Uma caixa vermelha onde está escrito :
– “Não abra”…
Se o fizer é por sua conta e risco! Marta

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