Sabores de mim
- Marta Gaino
- 22 de mar. de 2009
- 1 min de leitura
Azeda, De quando penso que não tenho mais solução e me sinto sozinha De quando preciso de atenção e reconhecimento e não recebo De quando quero que todos me esqueçam e me deixem num canto chorando
Amarga, De quando fico remoendo as coisas que me acontecem De quando penso no que deveria ter dito e no troco que não dei De quando deixo a ira tomar conta de meu coração De quando tenho vontade de cometer um desatino
Salgada, De quando estou trabalhando e produzindo feliz De quando sei que faço diferença por onde passo De quando diluo meu suor aos movimentos que acontecem ao meu redor De quando consigo curar as feridas abertas em meu coração De quando me transformo em soro e saio a resgatar vidas preciosas para mim
Doce, De quando canto apaixonada De quando escrevo neste caderno De quando me recolho em meus sentimentos De quando sei que estou amando e sou amada De quando me permito ser menina ou quero ser mulher De quando deixo que olhem em meus olhos e desejem se lambuzar de mim
Adstringente, De quando aperto sua garganta por dentro, porque te faço lembrar de quem eu sou, fui ou poderia ter sido em tua vida.
Apimentada, Como agora, que espero que você adivinhe meus pensamentos e venha correndo me amar novamente, sem me importar com o “quando ou onde” seja, mas que simplesmente atenda o desejo que ainda brota de meu coração.
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