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Por quês sem fins...
- Marta Gaino

- 12 de jun. de 2001
- 1 min de leitura
Por que apenas a solidão, Só a tristeza em melancolia Me impelem a pensar Sobre sentimentos e desejos?
Por que não a alegria, Que me invade de repente, Não me deixa marcas profundas Para que possa usar como lastro Na entre-safra da vida?
Por que a saudade de mim Me acompanha quieta, Calada num canto, Pronta a me socorrer Quando menos espero Precisar de assistência?
Por que a felicidade É tão fugaz Difícil de ser reconhecida Escorregadia entre os dedos Por mais que encha nossos corações?
Por que queremos o que não temos Sem reconhecer o valor Do que nos é próximo Legítimo na conquista?
Por que o outro é mais belo Mais querido, sempre melhor Justamente por ser Inacessível e proibido Ao toque e a paixão?



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