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No palco iluminado
- Marta Gaino

- 22 de mai. de 2001
- 1 min de leitura
Às vezes, como agora, Vem esse sentimento de paz interna Que não sei explicar direito Como se toda a tristeza e melancolia Desse não-sei-o-que que me invade Fosse embora de repente.
Um sentimento que me incomoda Por não ser meu companheiro Como se não fosse eu a viver em mim A dizer e agir em atos e palavras não meus Na vida de outra pessoa Observando-me de fora, crítica e platéia.
E a cada nova cena Que assisto de mim Surpreendo-me com a performance Na interpretação do que digo Nessa dimensão abstrata Entre meu mundo e o espaço em que vivo.
Que me engole em seu enredo Exigindo mais e mais Que eu assuma papeis que não desejo Atrás de máscaras que me expõem E me protegem defendendo Quem realmente sou e o que sinto.



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