Esperanças que morrem
- Marta Gaino

- 16 de jul. de 2001
- 1 min de leitura
A esperança é a última que morre mas, infelizmente isso acontece.
Não por culpa dela, que afinal tenta até suas derradeiras forças.
Morre porque nós desistimos de lutar, de esperar, de amar, de entender ou de querer continuar sonhando, iludindo-nos com isso.
Morre porque nos deixamos abater pela inércia, pela covardia, pelo medo de enfrentar a verdade de nossas fantasias contra a realidade crua do mundo.
Morre por abandonarmos o sonho de felicidade simplesmente porque pensamos não ser dignos desse presente divino.
Morre porque desistimos de viver as possibilidades que surgem em cada tentativa nova que rejeitamos em nosso caminho.
Morre porque preferimos a solidão à dor de ceder ao amor do outro, a angústia muda à falar sem ter quem nos ouça, a decepção do fracasso aos sacrifícios que o sucesso exige.
Morre porque nos acovardamos ao tentar defender nossas idéias, nossos desejos e necessidades com medo do ridículo por ser diferente ao ir contra a mediocridade da ordem estabelecida.
Morre porque abandonamos nossa missão de viver.



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