Buscar
Concessões Vãs
- Marta Gaino

- 10 de ago. de 2001
- 1 min de leitura
Aquela tristeza indefinida que dói, Dilacerando afiada minha carne, Rasgando, até o limite que suporto Que a cada dia se amplia.
Quanto mais choro Mais espaço encontra em mim E se instala assenhorando-se, Tomando os lugares vazios Esperando para ser expulsa Pela luta que nunca vem.
Fortaleza abandonada Sem soldados ou sentinelas Deserta como meu coração Secando, Feito alma que está para largar o corpo Na covardia de quem desiste Da vida, do amor, De continuar a procura
Ao contrário, Esperando por ser encontrado Resgatado desse charco Para um banho de luz e felicidade Como presente pelo sofrimento Com que se deixou imolar Num sacrifico vão Desperdiçando a chance de viver A vida que lhe foi concedida.



Comentários