Consciência de ti
- Marta Gaino

- 10 de nov. de 2000
- 1 min de leitura
Hoje tomei consciência de minha solidão do vazio que existe em mim, da falta que sinto de minha companhia, da dor de não viver minha vida, com o prazer e o amor que queria ter.
Esse fazer desenfreado nesse ter de ser sem poder assumir meu destino, sem medir tempo ou palavras.
Esse olhar que me impede, corrente que me mantém atada, mordaça que me sufoca e cala diante do que penso, sinto e quero.
Existe esse Eu se afogando em mim que grita por socorro, e se desespera louco para sair
E cantar, e dançar, e correr e amar.
livre afinal das amarras que impôs a si mesmo.
Andando por esses caminhos que se me apresentam como certos, tranqüilos e fatais.
Buscando a aventura da descoberta o risco do não dito, que me surpreende a todo momento.
É assim que me encontro em cada nova vida que me permito viver.
Quando abro os olhos enxergando com o coração, a procura de uma luz que direcione meus passos no incerto
Oh! Criança que habita em mim, que me questiona insistentemente: – Por quê desisti?
Que me pergunta constantemente: – Onde estão meus sonhos? Que me inquere veementemente: – O que faço agora?
Oh! Criança presa em mim, sob meu medo e inércia. Saia e salve-se enquanto há tempo enquanto estou viva, enquanto sei de ti!



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