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Cartas
- Marta Gaino

- 31 de out. de 2003
- 1 min de leitura
Cartas não, mas poesia, Pela mulher que descubro a cada dia Loba talvez, mas romântica e ingênua. Mesmo que me encontres nua em sua cama. O que vai aqui dentro, ninguém sabe. Nem mesmo eu, que procuro minhas respostas. Quem sabe em lugares ou com pessoas erradas Que me trazem um pouco de mim, Que perco pelo caminho.
Essa eu que se esvai durante o dia E nem sempre retorna à noite Para me fazer companhia. E me deixa só de mim mesma Procurando-me em outros olhos, Outras bocas, outras mãos. Na esperança do reflexo de minh’alma Que aguarda por mim quietinha num canto. Sozinha, presa e asfixiada dentro de meu corpo.



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