Carnaval II
- Marta Gaino
- 20 de fev. de 2010
- 2 min de leitura
Saímos de SSA às 06:00h da manhã, seguimos até Feira de Santana, de lá até Itaberaba, depois até Andirá, erramos o caminho passamos por Wagner chegamos quase a Lençóis e voltamos (essa é uma história à parte).
De Andirá fomos a Mucugê onde almoçamos, conhecemos o cemitério bizantino, que dizem ser o segundo mais bonito dos dois que existem no mundo ?!
Depois seguimos até Jessiape. Até ai foi tudo muito bem, admiramos a chapada pelo lado sul que eu não conhecia, sol e linda paisagens, mas nos 40km finais até chegar em Jessiape atravessamos um trecho off road com Magnólia, minha querida Idea laranja,que eu não acredito que o fizemos até hoje!
Eu a ouvia reclamar: cadê minha tração 4X4? Só podia rezar e tentar consolá-la pelo caminho.
Nossa sorte é que os primeiros 20 km de terra estavam bem conservados no trecho da subida da serra, porque os últimos 20km na descida era pedra pura, em alguns trechos via-se as lajes da montanha saindo da terra vermelha e lá se foi o alinhamento e compostura de minha Idea… oh my darling…
Enfim chegamos! 18:30h… O celular não funcionava na estrada desde Feira, aqui no meio da chapada não tem sinal de satélite, acho que as pedras bloqueiam tudo, então estou fazendo um diário para contar no blog quando puder.
Pelo caminho tirei muitas fotos, de morro, de pedras, arvores, flores e até de um bezerro lindinho que apareceu em nossa frente na trilha de pedras. O pensamento consentiu que pudesse aflorar também uma pequena poesia, que encerará a narração de hoje.
Mar da Chapada
Quando estou em frente ao mar
Sinto uma paz contagiante
Que me acalma e completa
E basta molhar os pés
Para que eu seja
Inteiramente absorvida por ele
Quando estou na Chapada
Sinto uma força e energia
Que emana das pedras
Que me insufla até que
Cada célula de meu corpo
Esteja carregada e vibrante
Quando estou aqui escrevendo
Sinto que não existem palavras
Que possam transmitir
Todos os sentimentos e emoções
Que o mar revolve em mim
Ou que esta Chapada faz brotar
Porque ambos em seu esplendor,
Imensidão e exuberância
Fazem com que meu coração pare de bater,
Mude de ritmo
Para conseguir decifrar
A beleza que meus olhos vêem.

Pedra do fundo do mar da chapada
Dizem que a chapada era mar há milhões de anos atrás, algumas pedras confirmam isso, talvez minha pequena poesia estivesse querendo juntar os dois novamente.
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